13 de setembro de 2012

Judo

QUERES PRATICAR JUDO?
O JUDO CLUBE DE PONTE DE LIMA ESTÁ À TUA ESPERA!

Vamos agora fazer uma pequena introdução sobre o que é o Judo, quais os seus valores e quais as suas vantagens! Se gostares, contacta o Judo Clube de Ponte de Lima (pode ver os contactos no final do artigo)!


O que é o judo?

A palavra JUDO significa “Via Suave” ou a arte da suavidade. 

O Judo é um desporto, uma escola da vida e uma paixão. É uma modalidade de elevado valor educativo para a juventude e proporciona grandes sensações de prazer, de alegria, e a possibilidade de conhecer vários amigos que ajudarão cada colega a progredir, a melhorar, a tornar-se mais perfeito, mais destro, mais ágil, mais forte. 

O Judo é uma actividade que se pode praticar de várias maneiras, é um treino e uma educação que permite realizar progressos físicos e mentais. Através desta actividade a juventude torna-se mais forte, mais flexível, mais ágil, mais rápida. Aumenta o domínio que os jovens têm sobre eles próprios, sobre o seu espírito de decisão, a sua tenacidade face às dificuldades ou à fadiga. 

Origem do Judo e Valores 

O Judo é uma invenção puramente japonesa que data do final do século XIX. O seu fundador, Mestre Jigoro Kano, pretendeu criar um instrumento de progresso físico e mental, de amizade e de entreajuda nas nossas relações com os outros.


A educação, no Japão, tinha encontrado a sua expressão mais nobre no Budo, o ideal dos samurais. O próprio Mestre Kano tinha estudado em duas escolas de jiu-jitsu que reclamavam desse mesmo ideal, tendo recolhido no seu país a herança das técnicas de combate tradicionais e das preocupações de educação total do indivíduo, tanto na sua vertente física como mental. Soube dar-lhe uma forma adaptada à vida moderna, sem perda de originalidade e sem o abandono do valor das tradições. Soube impor ao Japão, e depois ao mundo inteiro, esta nova disciplina. 

Foi graças a ele que o judo se tornou o único desporto de origem não ocidental praticado hoje em dia em todo o mundo. Os lemas através dos quais exprimiu os objectivos essenciais da prática,


"máxima eficácia, mínimo esforço" 

"prosperidade e benefícios mútuos"

permanecem atuais. Os valores do domínio individual, de tenacidade no esforço, de cortesia, de igualdade de espírito na vitória e na derrota, que devemos procurar no tatami, contribuem largamente para desenvolver uma personalidade apreciada por todos. 

Permanência dos Valores 

O Judo atravessou fronteiras, conquistou todos os países, penetrou em todas as culturas. Desde o princípio do século instalou-se na Europa. No seu início o Judo levou algum tempo a implantar-se. 

Em Portugal, a chegada a Lisboa, em 1958, do Mestre Kioshi Kobayashi foi decisiva. Apesar das limitações sócio-politícas que se viviam no país, e não apenas no domínio das actividades físicas, o Judo português não deixou de prosperar: hoje mais de 12 000 praticantes de todas as idades fazem regularmente Judo em Portugal, distribuindo-se por 18 regiões e 400 clubes ligados àFederação Portuguesa de Judo. Todos estes agentes da modalidade são transmissores dos valores essenciais do Judo, consubstanciados no código moral: delicadeza, coragem, sinceridade, controlo de si, honra, modéstia, amizade e respeito. Estes valores permanecem hoje tão atuais como na época do mestre Jigoro Kano. 

O Judo é escola da vida, as graduações e os dans permitem-nos medir passo a passo, os nossos próprios progressos nas três componentes do Judo:

O shin, o ghi e o tai 

O objectivo dos professores não é apenas a formação de campeões ou das técnicas do Judo, mas ajudar os jovens a sentirem-se bem na sua vida quotidiana, a viverem em harmonia no ambiente que os rodeia, a serem cidadãos em pleno. 

Em Portugal o Judo transformou-se num verdadeiro desporto para todos, em que cada um é capaz de encontrar o seu lugar, fazer amigos, progredir, triunfar à sua medida, ganhar prazer, manter ou melhorar a sua condição física e exprimir e desenvolver a sua personalidade, no pleno respeito da personalidade dos outros. 

O Judo tem uma identidade própria, com valores, normas e símbolos que o distinguem no quadro da dinâmica cultural de outras modalidades, sendo de facto uma actividade de elevado valor educativo. 

É importante que o jovem compreenda que no Judo podem coexistir as duas vias, competição e expressão técnica, que apreciam por meios diferentes o mesmo valor combinado sin-ghi-tai.

O “mental”: shin 

Desde o início, o professor ensina o jovem a respeitar o cerimonial, a tornar-se mais atento, mais paciente e mais corajoso. Hoje em dia vemos que a cortesia nos mais pequenos pormenores e o respeito pelo adversário e pelo Judo tornam o jovem mais forte. O jovem desenvolve o seu “mental”, a sua força mental: saber querer e querer no bom sentido. 

A técnica: ghi 

O jovem passa horas a aprender, a repetir, a explorar as subtilezas de um grande número de acções complexas, de ataque e de defesa. Com a ajuda do professor começa a aprender os “princípios”. O jovem desenvolve os conhecimentos e o repertório técnico; adquire habilidade e perícia e é cada vez mais exímio na execução técnica e no seu próprio aperfeiçoamento, procurando constantemente progredir. 

O valor do combatente: tai 

Todo o tempo de esforço, espírito de sacrifício, trabalho que o jovem dedica ao Judo proporciona-lhe um corpo vigoroso e de forma harmoniosa. É o desenvolvimento das capacidades do combatente.

O Espírito do Judo 

O Dojo 

Para cada desporto existe um espaço próprio, para o Judo temos o Dojo, lugar onde se pratica a modalidade. O Dojo é um lugar de estudo, de aprendizagem e de repetição, um atelier. O que é que construímos? Ele mesmo! Mas para isto é preciso começar por construir o Dojo.

O Código Moral 

Uma lista de valores essenciais que é preciso fazer respeitar e as virtudes que ele deverá adquirir: 

A Cortesia é um valor que se impõe desde o início no jovem judoca sob a forma de uma "etiqueta" simples mas rigorosa. É através deste valor que o jovem compreende as implicações das suas atitudes. No fundamental, é um conjunto de regras que determinam o comportamento de um grupo social e que convém respeitar. 

A Coragem dos heróis é aquela que é obtida fruto de uma acção pontual. No Judo a coragem é de outra ordem: o saber começar (sem objectivo), continuar sem resultado e nunca desistir (sem esperança). 

A Sinceridade, saber ser verdadeiro, exprimir-se sem desvirtuar o pensamento. Obriga a um grande conhecimento e aceitação de si próprio. A sinceridade exprime- se no judo, quanto à prática do combate em realizá-lo com o espirito isolado do resultado. 

O Controlo de Si, particularmente das suas emoções, para ficar centrado e preservado ao máximo as sua potencialidades, sem entrar na excitação ou na apatia. 

A Honra, dignidade moral em relação a si e aos outros, que permite em especial ao jovem judoca não aceitar ganhar, a qualquer custo. 

A Modéstia, saber que se pode ganhar hoje e perder amanhã, saber colocar o ego no seu lugar, para funcionar em harmonia com os outros. 

A Amizade, onde todas as horas passadas em conjunto a transpirar, procurar, opor-se no respeito, não são ilusórios, nem são o fim das relações de cumplicidade muito úteis para o desenvolvimento do indivíduo e da sociedade. 

O Respeito, do tapete, do professor, dos princípios, da integridade física dos outros e do seu valor humano, de si mesma, é uma das peças fundamentais do sucesso do judo 
 

Vantagens da prática de Judo: 

A prática do Judo nos jovens deve contribuir para: 

  • •Desenvolver de forma global e harmoniosa os jovens, nas dimensões física, intelectual, emocional e social, assim como para a sua formação cívica; 
  • •Garantir a saúde e segurança nas actividades desenvolvidas; 
  • •Propiciar as oportunidades de desenvolvimento pessoal e social, através da integração no grupo e do desenvolvimento da sua auto-estima; 
  • •Proporcionar oportunidades para que os jovens possam viver, experiências agradáveis, fazer novos amigos, aprender novas habilidades, adquirir hábitos de auto-disciplina e persistência e aprender a cooperar e a competir com lealdade; 
  • •Garantir a todos os jovens a oportunidade de se aperfeiçoarem, conferindo ao mesmo tempo, àqueles que manifestem aptidões fora do comum, a possibilidade de poderem prosseguir, se o desejarem, para níveis mais elevados do rendimento desportivo; 
  • •Privilegiar a criação do gosto pela prática, a aprendizagem correcta e consistente das técnicas, o enriquecimento do "vocabulário" motor e o desenvolvimento geral das capacidades motoras, por oposição à valorização excessiva da vitória e do resultado, que conduzem facilmente ao treino intensivo; 
  • •Evitar apresentar a vitória e as medalhas como as únicas referências de sucesso, devendo, pelo contrário, encorajar e elogiar o esforço efectuado e o progresso individual conseguido por cada praticante, independentemente dos resultados alcançados; 
  • •Orientar as expectativas dos praticantes num sentido realista, obstando ao aparecimento de perspectivas exageradas para o seu desenvolvimento futuro, moderando, em particular, o aparecimento de "estrelas prematuras". •Desenvolver atitudes saudáveis perante a vitória e a derrota, garantindo que estas são encaradas como "faces distintas da mesma moeda", fundamentalmente através do recurso a duas mensagens: "ganhar não é tudo nem a única coisa" e "perder não constitui obrigatoriamente um fracasso".

Horários e Localização 

Escola E.B. 2,3 António Feijó (Entrada lateral) 

Terças e Quintas feiras: 
19h15 às 20h00 dos 6 anos aos 12 anos 
20h15 às 21h30 a partir dos 12 anos 

Para mais informações, envie email para nlmatos@gmail.com ou r-queiros@sapo.pt

Artigo realizado por Nuno Lago (Judo Clube de Ponte de Lima)

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